Dia do Engenheiro Agrônomo: cultivando esperança, do Tocantins para todo Brasil

O Engenheiro Agrônomo é o profissional que aplica seus conhecimentos para aprimorar a produção agrícola e promover práticas sustentáveis. No sábado, 12 de outubro, a profissão de Engenheiro Agrônomo celebra 91 anos de significativa contribuição e protagonismo no agronegócio mundial. Essa data marca a regulamentação da profissão, ocorrida em 12 de outubro de 1933, durante o governo de Getúlio Vargas, com o decreto nº 23.196, que impulsionou o desenvolvimento da Agronomia no Brasil. Vale destacar que a Engenharia Agronômica foi a primeira profissão de nível superior a ser reconhecida no país.

Para o coordenador adjunto da Câmara Especializada de Agronomia do Crea-TO, Eng. Agr. Marden Nunes Fleury, o setor evoluiu substancialmente ao longo de sua carreira. “Sou engenheiro agrônomo e atuo na área desde 1992, ou seja, há 32 anos. Nos últimos anos, a produção agropecuária mudou muito, principalmente com o uso de máquinas, equipamentos modernos e novas tecnologias, como drones, plantio direto e agricultura de precisão. Essas inovações visam reduzir custos e aumentar a produtividade, sempre com respeito ao meio ambiente”, destacou.

O Engenheiro Agrônomo observou a importância da Câmara Especializada como órgão decisório na estrutura básica do Crea-TO. “Na Câmara, discutimos e votamos processos relacionados ao registro de empresas que prestam serviços de agronomia, ao registro de profissionais, à ausência de ARTs e à atuação de leigos na área. Também orientamos a fiscalização, definindo onde deve ocorrer, de acordo com o calendário agrícola e as culturas do estado. Além disso, tratamos das atribuições profissionais da área de agronomia. Em resumo, tudo o que envolve a modalidade agronômica é discutido aqui”, explicou.

Também em destaque, a presença da mulher na Engenharia Agronômica no Brasil tem crescido significativamente nos últimos anos. Refletindo sobre a participação feminina, a professora e Engenheira Agrônoma Rosângela Aparecida Pereira de Oliveira descreve os desafios enfrentados pelas mulheres ao longo dos anos. “Nos últimos anos, a participação feminina na Engenharia Agronômica tem conquistado cada vez mais espaço, rompendo barreiras que, por muito tempo, pareciam intransponíveis. Em um campo que, por décadas, foi visto como território masculino, as mulheres têm demonstrado não apenas a capacidade de atuar, mas também de liderar grandes transformações. Hoje, ocupamos posições de destaque no desenvolvimento de projetos agrícolas inovadores, na pesquisa científica e em cargos de gestão, contribuindo de maneira decisiva para a evolução da agricultura no Brasil. Falar sobre a minha trajetória é uma forma de ilustrar essa mudança”, comentou.

A Engenheira Agrônoma compartilhou que também enfrentou alguns desafios no início de sua carreira. “Há 36 anos, quando comecei minha carreira como Engenheira Agrônoma, o cenário era muito diferente. Na época, não era raro encontrar resistência e enfrentar preconceitos que, embora nem sempre explícitos, estavam presentes em cada etapa. Havia um sentimento de que precisávamos nos provar o tempo todo, algo que, felizmente, vem mudando com o tempo. Hoje, vejo com orgulho como as portas se abriram para as mulheres na agronomia. Cada vez mais, estamos à frente de iniciativas sustentáveis, introduzindo tecnologias e práticas que tornam a agricultura mais eficiente e consciente do meio ambiente”, reiterou.

Apesar dos desafios ainda existentes, a professora destaca que as dificuldades contribuíram para seu crescimento profissional e acredita que, no futuro, mais mulheres estarão atuando na Engenharia Agronômica. “Durante esses anos, tive a oportunidade de atuar em áreas que me permitiram aprender muito e contribuir de forma significativa. Trabalhei em consultorias e na educação, o que me deu uma visão ampla das transformações que o setor vem passando, tanto do ponto de vista tecnológico quanto na gestão de recursos e pessoas. Um dos maiores privilégios da minha carreira foi ter sido nomeada conselheira do CREA-TO, uma experiência que tem sido extremamente gratificante e enriquecedora. A possibilidade de influenciar decisões importantes para nossa profissão e para o desenvolvimento da agronomia no estado me traz muita satisfação.  Acredito firmemente que o futuro da Engenharia Agronômica contará com uma presença feminina cada vez mais forte em todos os níveis, desde o campo até as decisões estratégicas. É essa diversidade de pensamentos, visões e abordagens que continuará impulsionando a agricultura rumo a um futuro mais justo e sustentável”, concluiu.

Atualmente, segundo a Câmara Especializada de Agronomia (CEA) do Crea-TO, há 1.564 engenheiros agrônomos com registro ativo, sendo 1.221 homens e 343 mulheres. No Tocantins, são mais de 3.880 profissionais registrados.

O presidente do Crea-TO, Eng. Civ. Daniel Iglesias, celebra esta data comemorativa com orgulho por todos os profissionais. “Hoje celebramos a importância da Engenharia Agronômica para o desenvolvimento da nossa sociedade, do nosso Estado e do nosso Conselho. A dedicação desses profissionais é essencial para o fortalecimento da economia do nosso país e para seu crescimento sustentável. No Crea-TO, temos orgulho de representar esses profissionais que fazem a diferença. Nosso muito obrigado a todos os profissionais da Agronomia, em especial aos nossos Conselheiros, Inspetores, Agentes e Colaboradores que atuam nessa profissão”, parabenizou o presidente.

Ser Engenheiro Agrônomo é trabalhar pela valorização da matéria-prima, pela qualidade ambiental, pelo crescimento econômico e pela melhoria da qualidade de vida. Esses profissionais atuam em cargos e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de economia mista e no setor privado, além de desenvolver estudos, projetos, avaliações e produção técnica especializada, seja industrial ou agropecuária. Portanto, é fundamental reconhecer a excelência desses profissionais. Parabéns a todos os Engenheiros Agrônomos!

Escrito por: Jordene Nazareno- Estagiária

Supervisão: Gleyce Camargo- Assessora de Comunicação